É importante estudarmos esse assunto? Existe mesmo um arrebatamento secreto?
Então, vamos conferir? ;)
Título: A Vinda do Senhor
Autor: C. H. Mackintosh
Editora: DLC - Depósito de Literatura Cristã (Boa Semente)
Gênero: Escatologia
Páginas: 156
5 Estrelas
Sinopse
C. H. Mackintosh apresenta os três grandes temas do Novo Testamento – o Filho
de Deus vindo ao mundo, a descida do Espírito Santo e a volta do Senhor – e expõe
o duplo aspecto de cada um destes importantes eventos.
De modo franco e direto, o autor aponta as consequências destes fatos para
o mundo, para a Igreja e para o indivíduo, seja ele convertido ou não, revelando
as diferenças existentes entre a vinda de Cristo para buscar a Sua Igreja e Sua
vinda para o mundo.
Mackintosh discorre também sobre temas surpreendentes e diretamente
conectados à vinda do Senhor, como as duas ressurreições, a inexistência de um
juízo futuro para o cristão e a falácia do ministério humanamente instituído.
É impossível ficar indiferente ao impacto que a vinda do Senhor, quando
vista à luz das Sagradas Escrituras, tem sobre os dogmas criados pelos homens e
acalentados há séculos pela cristandade.
A Vinda do Senhor é um livro que trata especificamente da volta do Senhor para a Igreja. Há muita especulação sobre quando essa vinda ocorrerá, porém a Bíblia deixa claro que ninguém sabe o dia nem a hora, apenas o Pai. Porém, sabemos que Ele virá. E isso já nos basta para nos acalmarmos.
O sumário do livro:
1. O fato
2. A dupla aplicação do fato
3. A "Vinda" e "O Dia"
4. As duas ressurreições
5. O Juízo
6. O Remanescente Judeu
7. Cristandade
8. As 10 virgens
9. Os talentos
10. Observações finais
Jesus disse que voltaria pessoalmente para buscar a Sua Igreja. Isso é um fato. Ele não disse que enviaria um anjo ou alguém diferente. Ele disse que Ele mesmo voltaria. Isso é de total importância para a compreensão da vinda do Senhor, pois se perdemos esse detalhe, perdemos todo o ensinamento.
O foco do livro é provar que Jesus realmente voltará para buscar a Sua Igreja. Muitas igrejas não acreditam mais nisso. A crença no arrebatamento já não tem mais a mesma força que antigamente. O fato de Jesus ter subido aos céus há mais de 2.000 anos e ainda não ter voltado como Ele prometeu que seria "em breve", demonstra para alguns que a promessa não vai se cumprir. Ledo engano. A promessa foi feita. E será cumprida. Dure o tempo que durar.
Mas há também aqueles que ainda acreditam no arrebatamento, porém lutam para descobrir em que período ele ocorrerá. Será antes ou depois da tribulação?
Mackintosh acredita - assim como eu - que esse evento extraordinário ocorrerá antes da tribulação. E ele tem todas as bases bíblicas sólidas para isso. Vejamos algumas:
O termo "Assim como":
A) A Igreja foi a única a ver Cristo subindo aos céus. Quando ele subiu, ele não se mostrou aos incrédulos, mas somente àqueles que creram nEle. O mundo viu Jesus pela última vez na cruz, condenando os seus pecados. Pois a cruz é salvação para uns e condenação para os que não creram. A promessa de Atos é de que "esse Jesus, que dentre vós (Igreja) foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu O vistes ir" Atos 1: 10-11. Uma prova disso é que o versículo usa o termo "assim como". Isso significa que "assim como" o mundo está de fora, e a Igreja O viu subir, assim também o mundo estará de fora e a Igreja O virá voltar. O termo "assim como" denota a ideia de que Sua volta será igual à sua ida. Oculta para o mundo e visível para a Igreja.
O livramento da "Ira Futura":
B) Outro fator que reflete o livramento da Igreja da Tribulação de 7 anos é o termo utilizado por Paulo na primeira carta à Igreja de Tessalônica. "E esperar dos céus a Seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da Ira futura" (1 Ts 1:5-10) Temos aqui um evangelho simples e claro. A Igreja de Tessalônica se converteu dos ídolos para servir o Deus vivo e verdadeiro e agora espera o retorno de Jesus que irá livrá-los Ira futura. Se você fizesse uma entrevista a um crente de Tessalônica sobre o que ele esperava, ele diria "estou esperando a vinda de Jesus!" Temos certeza de que ele não diria "estou esperando a ira, a tribulação". Não! Ele jamais diria isso porque não foi isso o que a carta endereçada a eles disse. Paulo escreveu uma carta de consolo para a volta de Cristo e não de temor pela ira e juízo que virão.
A tristeza pelos mortos
C) Os crentes em Tessalônia estavam tristes porque seus irmãos em Cristo haviam morrido. Eles escreveram cartas a Paulo alegando isso. Sabemos disso por que o próprio apóstolo responde a eles dizendo que "não sejam ignorantes quando aos que dormem, como os que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou dos mortos, assim também aos que em Jesus dormem (estão mortos), Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não predeceremos os que dormem......portanto, consolai-vos uns aos outros com essas palavras". (1 Ts 4:13-18)
Que magnífica palavra de consolo! Primeiro o apóstolo deixa claro que, mesmo aqueles que já morreram, serão ressuscitados no dia da Vinda do Senhor, e tanto os vivos quanto os mortos verão o Senhor voltando para buscar os Seus. Primeiro os mortos (ressuscitados) e depois os vivos. Ambos receberão um corpo glorificado. O interessante é notar que o apóstolo diz no final "consolem-se uns aos outros" com essa palavra. Quem teria coragem de consolar um ao outro com a ideia de que todos passaremos pela tribulação? Seu irmão morreu? Não fique triste, após a tribulação - se você ainda conseguir ficar vivo e passar por ela - ele ressuscitará e você o verá novamente, mas apenas se você não morrer também na tribulação. Que pensamento equivocado! O consolo é uma bendita esperança para aqueles que estão esperando a Vinda de Jesus para a Sua Igreja e, infelizmente, Sua ira para o mundo e os Judeus.
Dia do Senhor ou Vinda do Senhor?
D) Outro fato confundido pelos cristão é a diferença entre "Dia do Senhor" e "Vinda do Senhor". São dois eventos diferentes e isso está claro na Escritura. No dia do Pentecostes o apóstolo Pedro pregou um sermão sobre o Dia do Senhor e citou parte da profecia do profeta Joel. "E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes..." antes de quê? antes da Vinda do Senhor para o Seu povo? Não. Mas, antes "que venha o grande e terrível dia do Senhor". O dia do Senhor também é chamado no antigo testamento de "Tribulação de Jacó" (Jeremias 30), o que significa que será um período de grande sofrimento para o povo judeu que rejeitou o Messias. A tribulação tem dois objetivos principais: Punir o mundo pela rejeição do evangelho e tratar especificamente com mão de ferro o povo judeu que rejeitou o messias. Isso tudo está revelado de forma clara no livro do apocalipse.
Onde está a Igreja em apocalipse?
E) No livro do apocalipse vemos que Jesus escreveu cartas às 7 igrejas da Ásia. Até o capítulo 3. Dali em diante, a Igreja desaparece. Some! Do capítulo 4 em diante, não vemos mais menção da Igreja de Cristo. do 4 até o último capítulo do Apocalipse, todos os acontecimentos giram em torno do mundo e de Israel (A mulher que dá à luz à criança). Para aqueles que acreditam que a Igreja passará pela tribulação, precisam claramente explicar onde está a Igreja em todo esse cenário.
Manifestados em Glória
F) A carta aos Colossenses diz o seguinte: "Quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória" (Cl 3:4). Quando Cristo vier em juízo, o Seus santos virão com Ele. "Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos, para fazer juízo contra todos." (Jd 14) Aqui está mais uma prova. Quando Cristo voltar para aplicar Seu juízo na terra, Ele voltará com os Seus. Quem são os Seus? Somos nós. E como vamos voltar com Ele em glória, se ainda estamos na terra? Essa é uma pergunta a se pensar.
O caso de Mateus 24 e 25 - O sermão escatológico
G) Muitos dizem que Mateus 24 e 25 é um sermão destinado à igreja. De primeira vista podemos pensar que de fato o é. Porém uma olhada mais profunda nos mostra que Jesus não havia ainda fundado a Sua Igreja durante aquele sermão. A Igreja nasceu após a Sua morte a ascensão. Especificamente no dia do Pentecostes. Até então não havia Igreja. Aquele sermão foi direcionado para os Judeus. O interessante é que Jesus diz que eles teriam que fugir para as montanhas e esperar que isso não ocorresse no inverno nem no sábado. Digamos que esse evento fosse destinado à Igreja, por que nós, Igreja do novo testamento, devemos nos preocupar com o fato de que esse evento não ocorra no sábado? Por acaso nós guardamos o sábado? Ele é, de fato, um dia sagrado para nós? É claro que não. Ao ler esses dois capítulos de Mateus, vemos, em detalhes, pequenas amostras de que o sermão havia sido direcionado para um publico judeu, pois os costumes observações não fazem sentido algum para a futura Igreja.
A Vinda do Senhor também tem sido ensinada como algo "iminente", ou seja, que pode ocorrer a qualquer momento. A Bíblia nos ensina a estarmos preparados para a Sua volta que pode ocorrer a qualquer momento. Se sabemos que a Sua volta ocorrerá após a tribulação, então Sua voltá não é mais iminente. Sabemos quando ela ocorrerá. Exatamente 7 anos após o início da tribulação e o tratado de paz do anticristo com Israel.
Eu poderia citar muitas outras passagens aqui. Deus arrebatou Enoque da terra e livrou-o do juízo vindouro, porém a Noé e a sua família Deus não tirou da terra, mas os preservou ao longo do juízo dentro da arca. Quanto ao arrebatamento, a Bíblia diz que ele será "assim como nos dias de Noé". Houve pregação, mas o mundo não a recebeu. Os santos foram livrados e os ímpios pereceram. Ha inúmeras outras passagens tanto do A.T quanto do N.T que deixam claro que a o arrebatamento ocorrerá e que será um evento destinado somente para os Seus.
O autor usa muitos argumentos irrefutáveis para convencer-nos da bendita esperança da Vinda do Senhor para a Igreja. Como sempre, sua escrita é impecável. Os argumentos são coerentes e os versículos utilizados são precisos e exatos.
Mais uma vez, Mackintosh mereceu minhas 5 estrelas.
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