15.12.17

Resenha #0048: Teo e os olhos de Leordo - Edita Àgape

Olá, pessoal, tudo bem?

Desta vez eu vim trazer para vocês uma ficção cristã infanto-juvenil. Sim, esse é o meu gênero preferido, competindo apenas com as biografias. (até hoje não sei qual é o melhor!)

Vamos viajar? ;) 

Vídeo Resenha no final do texto! :)




Autor: Alexandre Monsores
Editora: Editora Ágape
Gênero: Ficção Cristã
Páginas: 290
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Compre: Amazon 

4 Estrelas




Sinopse

Aquele que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.
(Provérbios 21:21)

Numa visita ao sítio de seus avós, Teo entra no tronco de um jovem ipê: um surpreendente portal para um mundo estranho. Ali, ele conhece um povo chamado Nin.

Com este povo, Teo participa da maior aventura da sua vida: acordar a gigantesca estátua de Leordo e lutar numa batalha épica contra os Ruffians, inimigos dos Nins.

Planício das Rochas que Choram, Terra do Contra e Floresta Iluminada são alguns dos cenários desta maravilhosa história, que trata de temas como superação, medo da morte e fé, até arrebatar o leitor com seu surpreendente final.

Final? Você é quem sabe... Afinal, quando tempo você ainda tem?

Resenha

Gente, essa história é cheia de personagens e reviravoltas! Eu tive muita dificuldade para escrever essa resenha para vocês porque é simplesmente quase impossível falar sobre esse livro sem dar nenhum spoiler. Mas vou tentar falar somente das partes que julgo não prejudicar muito uma futura leitura, caso você compre o livro. Tudo bem?

Primeiro vamos falar dos personagens principais para que você possa entender a história:

Existem dois mundos diferentes. O mundo real, sendo retratado como o planeta terra, e um mundo mágico, transitando em outra dimensão. Exatamente como o mundo de Nárnia e o mundo real.

Nim: 
Povo habitante do mundo mágico. (O povo do bem)

Ruffian: 
Inimigos mortais do Nins. 
Eles querem destruir os Nins a qualquer custo. (O povo do mal)

Únitri: 
Deus que controla tudo no mundo dos Nins.

Leordo: 
Um grande herói do mundo real que salvou os Nins de uma guerra antiga contra os Ruffians. Ele desapareceu há anos. Ninguém sabe para onde ele foi.

Dendron: 
Uma árvore (um grande Ipê) com uma fenda no meio capaz de transportar os habitantes do mundo Nim para o mundo real e vice-versa.

Anthos: 
Uma floresta que divide a terra dos Nins e a terra do Ruffians. Nessa floresta há um região ao oeste onde existe uma terra chamada "Planície das Rochas que Choram" onde os Ruffians acreditam haver correntes d'água capazes de proporcionar rejuvenescimento eterno àqueles que dela bebem.

Teo: 
Garoto ingênuo e medroso que só anda com sua bicicleta usando rodinhas de apoio e que tem medo de quase tudo. Ele é o menino que a profecia do mundo Nim afirma que virá para salvar os Nins contra os Ruffians. Mas sera? O garoto não tira nem a rodinha da bicicleta...

Existem mais personagens, mas não quero estragar mais a surpresa de vocês. :)

O livro já começa repleto de mistério. Alguns habitantes do mundo Nim, na calada da noite, enviam seus melhores guerreiros até Dendron (a grande árvore mágica) carregando uma gaiola com um linda borboleta dentro. Essa borboleta terá a missão de entrar dentro da fenda dessa enorme árvore e sair do outro lado, de maneira mágica, adentrando no mundo dos homens. Chamados no livro de "Povo Além-Árvore". 

Aparentemente, você pode estar pensando que tudo isso se assemelha bastante com as Crônicas de Nárnia. O guarda-roupa seria a árvore. E Nárnia seria o mundo Nim. Sim, é verdade. A similaridade é gigante, mas o que precisa ser levado em consideração é que o autor JAMAIS havia lido ou visto o filme do Lewis antes de escrever essa obra. De fato, quando o autor começou a assistir ao filme, ele pensou:

Puxa! Já haviam escrito algo parecido com meu livro!

Sim, podemos dizer, ironicamente, que Lewis roubou a ideia do Alexandre Monsores (rs) Foi apenas uma brincadeira!

Acontece que Teo faz uma visita à casa do seu avô, Guiot. O velho mora na região de Visconde de Mauá, distrito de Resende, ao lado da famosa colônia finlandesa chamada Penedo. O menino é super fã de borboletas e caça várias para tirar fotos para seu álbum. Em um dia de passeio pelo quintal do seu avô, Teo avista uma linda borboleta dourada e decide segui-la para capturá-la com sua rede de caça. A borboleta, astuta, desvia o garoto lentamente e propositalmente para dentro da fenda do Ipê. O menino decide entrar na fenda escura, achando que não teria mais escapatória para o pequeno animal. Ali dentro, Teo descobre que aquela fenda era maior do que ele imaginava. Quanto mais ele entrava para procurar a borboleta, mais comprida ele descobria ser aquela fenda. 

De repente, como que sem esperar, ele se depara na outra extremidade da árvore. Teo em nenhum momento suspeita que estaria em outro mundo. Ele apenas achava que saíra do outro lado da árvore dentro do quintal do seu avô. Só que não.

Enquanto isso o povo Nim aguarda ansiosamente que sua linda borboleta consiga trazer o famoso "enviado" para o mundo deles a fim de salvá-los das garras dos asquerosos Ruffians. O trabalho do enviado seria pegar o mapa do Mundo Nim e usá-lo como guia para chegar na grande estátua adormecida de Leordo que ninguém sabe onde está. Mas onde está o mapa?

A resposta é simples....

Há um traidor.

Um Nim avarento e egoísta decide roubar o mapa do seu próprio povo e entregá-lo ao chefe dos Ruffians, Tothum. O General maquiavélico oferece uma grande recompensa para o traidor. Ele aceita, ou melhor, ELA aceita e trai o seu próprio povo em troca de uma grande quantia de dinheiro. Porém, o trabalho da Nim traidora é ficar ao lado dos Nins o tempo inteiro, fingindo estar do lado deles até eles encontrarem a estátua. O problema é que o mapa roubado pela Nim traidora está ERRADO! Ele foi desenhado para desviar aquele que o roubasse de maneira que ele não encontrasse o paradeiro da estátua. Mas os Ruffians são espertos demais para caírem nessa. Eles têm um plano B.

Enquanto isso, Teo conhece mais daquele mundo mágico repleto de borboletas gigantes que alçam voos a incríveis 320 km/h. Faz amizades incríveis e começa a superar alguns dos seus maiores medos gradativamente ao longo da narrativa.

No final da historia, eu não posso contar tudo, mas Teo consegue achar a estátua. E os Ruffians também. Em um embate fatal final, os Nins não têm a mínima chance de vencer os Ruffians. Eles estão em menor quantidade e cansados. A vitória dos Ruffians é certa.

Mas Únitri, o deus do povo Nim, jamais os deixa sozinhos. Com sua mão poderosa, Ele.....

Vocês vão precisar ler para saber como esse embate termina. Já digo logo: 
É COMPLETAMENTE INESPERADO.

E a Nim traidora?   

Únitri também tem algo a dizer a ela. Algo ESPETACULAR. Unitri passa toda a história calado. Somente no final é que Ele se manifesta.

* Amor
* Fé
* Perdão
* Soberania de Deus
* Provações

Tudo isso você encontra nessa maravilhosa e bem escrita ficção cristã infanto-juvenil. O livro é super gostoso de se ler. E talvez eu ainda precise ler mais uma vez para entender melhor a história, pois ela é simplesmente fenomenal e muito criativa, repleta de personagens e conceitos físicos e químicos. No início parece ser um tanto infantil demais para a nossa idade (se você for um adulto) mas com o tempo você verá que ela tem conceitos cristãos profundos em cada capítulo!

Junte-se ao Teo em busca da grande estátua e descubra como Únitri luta por você, dia e noite, mesmo quando você acha que Ele te abandonou. 

Outra coisa que eu achei muito bacana foi o processo de inversão. Quando os Nins fazem 8 dias de idade, eles passam pelo famoso e sonhado "dia da inversão". No seu oitavo dia de vida, o Nim envelhece e passa a ter automaticamente a idade adulta. Porém, ninguém sabe exatamente qual será a sua idade. É Unitri quem decide isso. Por exemplo, é possível que um Nim, no dia de inversão acabe se tornando um Nim de 80 anos. Daquele dia em diante ele começará a ficar cada dia mais novo até morrer como um bebê. Outro Nim, entretanto, pode sofrer o processo de inversão e ficar com 30 anos. Sendo assim, ele saberá que sua vida terá uma duração de apenas 30 anos. E que ele morrerá como um bebê. Pois os Nins não envelhecem, eles apenas se rejuvenescem. Isso quer dizer que cada Nim sabe exatamente o dia da sua morte. Quanto mais velho um Nim fica no dia da inversão, mais feliz ele é, pois sabe que viverá muitos e muitos anos. Mas se um Nim se torna um homem de 20 anos, ele saberá que viverá apenas esses 20 anos. Essa é a grande sacada do livro! Porque a princesa dos Nins, cujo nome não me lembro agora, é um bebê! A Nim mais velha de todas! Se você já assistiu ao filme do Benjamim Button, você saberá do que eu estou falando.

Resumindo: adorei o livro demais! Embora ele seja de gênero infanto-juvenil, ou seja, direcionado para crianças e adolescentes, apreciei a obra particularmente muito bem. O livro não expressa violência extrema nem cenas pesadas. Foi escrito basicamente no mesmo estilo de Nárnia. A leitura é leve, gostosa e fluida. Não me arrependi nenhum pouco de ter lido essa obra e confesso que ela será uma das poucas obras de ficção que eu lerei novamente no futuro.

No final do livro, no último capítulo, algo acontece que deixa uma mensagem dando de entender que um futuro segundo volume sairá. Espero!

A melhor parte, para mim, foi o final. Quando Unitri surge no ápice da batalha e lança esse discurso:

Citação

Eu sou Deus de misericórdia,
Eu sou a misericórdia.

Eu sou o amor. Eu sou o perdão e a justiça.
Justiça que não é dos homens. 
Não é dos Nins nem do povo além-árvore.

Eu sou o mais incompreendido e o mais aceito.
Quem me ama não questiona, mas quem me questiona, eu respondo.

Algumas vezes eu respondo falando, outras eu respondo agindo.

Eu dou a prova e depois ensino, diferente da escola dos homens.

O inimigo não brinca de ser inimigo, 
mas eu também não brinco de ser Deus.

Únitri, pg: 247




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