16.4.18

Resenha #0071: Trilogia Cósmica - C.S.Lewis - Editora Martins Fontes

Você provavelmente já ouviu falar do famoso livro do C.S.Lewis chamado As Crônicas de Nárnia. Mas certamente essa não é a única série de ficção que o autor escreveu na vida.

Não mesmo!


Vamos analisar hoje a trilogia espacial mais eletrizante que eu já conheci na vida.

Então, vamos conferir? ;)

Obs: As resenhas foram escritas pela nossa amiga e resenhista Dâmaris Dias. Agradecemos pela contribuição ao nosso trabalho no blog. Deus te abençoe.


Título: Trilogia Cósmica (Trilogia Espacial)
(Além do Planeta Silencioso, Perelandra e Uma Força Medonha)
Autor: C.S.Lewis
Editora: Martins Fontes
Gênero: Ficção Cristã / Alegoria
Páginas: 220 / 301 / 568
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Sinopse

Este é o primeiro livro da Trilogia Cósmica de C. S. Lewis, escrita nos tensos momentos que antecederam a Segunda Guerra Mundial e que foram concomitantes a ela. É uma parábola de sua época que acabou por resistir ao tempo e que tem sido apreciada por sucessivas gerações não só pela importância de seu conteúdo moral como também em razão da maravilhosa narrativa. 

Para o papel principal da Trilogia, C. S. Lewis criou aquele que talvez seja o personagem mais memorável de sua carreira - o brilhante filólogo Elwin Ransom, uma pessoa veemente, objetiva e corajosa - inspirado no amigo J. R. R. Tolkien, nada mais justo, pois no que se refere à amplitude imaginativa e à integridade criativa não só de um, mas de dois mundos imaginários, a Trilogia Cósmica só foi igualada, no século XX, à trilogia tolkeniana de "O Senhor dos Anéis". 

Os leitores que na infância se apaixonaram pela série fantástica de "As Crônicas de Nárnia" invariavelmente apreciam a Trilogia Cósmica quando ficam velhos. Também ela apresenta mundos estranhos e mágicos onde se travam combates épicos entre as forças da luz e as das trevas e é uma das obras mais extraordinárias da literatura inglesa de todos os tempos.


Antes de falar da obra, não posso deixar de falar do autor. C.S.Lewis, autor de "As Crônicas de Nárnia" escreve não apenas para crianças, mas também para jovens e adultos. Seu estilo literário ultrapassa gerações. Em alguns de seus livros, como nos sete volumes de Nárnia e na Trilogia Cósmica, cujo primeiro livro é chamado de "Além Do Planeta Silencioso", Lewis fala sobre questões relativas à religião em forma de história. Quem conhece Nárnia sabe que o pano de fundo dos 7 volumes é a narrativa da Bíblia Sagrada sobre a salvação da humanidade pelo sacrifício de Jesus Cristo. Isso fica claro ao longo de toda a narrativa. Pelo menos para nós, cristãos.

Em "Além do Planeta Silencioso", escrito por Lewis no período em que o mundo enfrentava a Segunda Guerra Mundial, o autor adota uma abordagem bastante filosófica. Achei que o livro teria um enredo repleto de aventuras e fantasia, assim como Nárnia. Contudo, a história progride de forma bem lenta e arrastada.

O livro tem como personagem principal o Dr. Ransom, um filólogo, profissional que estuda a linguagem como forma de interação entre os seres vivos. Ransom se vê "convidado à força" a participar de uma expedição a outro planeta por dois de seus antigos colegas da faculdade, Weston e Devine. Dois caras que certamente você vai odiar muito ao longo da história. Chegando lá, Ranson conhece criaturas de espécies diferentes que convivem pacificamente sob o governo de um ser. A única diferença entre esse planeta e o planeta terra é que o pecado nunca entrou lá. O único planeta afetado pelo pecado foi a terra, onde o homem comeu do fruto proibido. Em outros planetas isso nunca ocorreu. E aí aqui que a genialidade de Lewis entra! Como seria um mundo sem pecado?

O livro possui muitos trechos nos quais o Dr. Ransom descreve sobre Malacandra ( Marte - o planeta para onde foi levado à força em uma nave espacial) sem que a leitura do livro se torne pesada. Contudo, em alguns trechos a leitura fica um pouco mais vagarosa e mediativa.

Outro aspecto importante é que o autor cria uma linguagem própria para os habitantes de Malacandra (Marte), fazendo assim com que um novo idioma surja ao longo do livro. Ranson, especialista em linguagem, se vê obrigado a aprender o idioma daquelas criaturas para poder se comunicar com elas e achar uma maneira de sobreviver naquele país estranho. Acompanhamos a evolução de Ranson desde o momento em que ele aprende as primeiras palavras (adjetivos, advérbios, verbos) até o momento em que ele já consegue se expressar através de frases mais completas e bem estruturadas. É incrível a inteligência de Lewis!

Uma possível representação de uma das criaturas que Ranson encontra nesse planeta foi projetada pelo blog Faça Bom Proveito. Resolvi postar aqui a figura feita por eles porque ela ficou realmente muito bacana! É a mesma criatura que está na capa do livro junto ao Dr. Ranson.


Há uma outra criatura também mais parecida com essa abaixo. Uma pouco mais feia, porém mais inteligente e comunicativa no livro. 



A trilogia cósmica ainda é composta pelos livros "Perelandra" e "Uma Força Medonha". É um livro bem diferente do que eu esperava, mas ainda assim uma leitura interessante para os fãs do autor.

Minha nota atribuída ao livro foi:  3 estrelas. (Dâmaris)














Imagem:
Dr. Ranson sendo levado ao vilarejo onde habita uma das criaturas de Malacandra. 



Sinopse

Neste livro, o segundo da empolgante trilogia de ficção científica de C.S. Lewis, o doutor Ransom é chamado ao paradisíaco planeta de Perelandra, ou Vênus, que revela ser um mundo belíssimo, como um Éden.

 Ele fica horrorizado, porém, ao descobrir que seu antigo inimigo, o doutor Weston, também chegou ali e, mais uma vez, representa um perigo para o planeta que os hospeda e para a vida de Ransom. 

Enquanto Weston, dominado por forças do mal, tenta prejudicar Perelandra, Ransom empenha-se numa luta desesperada para salvar a inocência do planeta.


Esse é o segundo livro da "Trilogia Cósmica" de C.S.Lewis. É a continuação do volume 1 intitulado "Além do Planeta Silencioso". Então, se você ainda não leu o primeiro, talvez você fique meio perdido nesse.

Mais uma vez Lewis nos leva a uma viagem interplanetária!

Em "Perelandra" a história é narrada por um amigo do filólogo Dr. Ranson. No dois primeiros capítulos vemos como esse amigo ajudou Ranson a ir a Perelandra e como foi o retorno dele à Terra. A partir do terceiro capítulo, o amigo de Ransom passa a contar o que ouviu desse último amigo a respeito de sua viagem para outro planeta.

Diferente do primeiro volume da série, agora o planeta visitado é Perelandra (Vênus) e, de cara, já observamos que esse livro contem menos diálogos filosóficos que o primeiro (que é basicamente só diálogos e diálogos...). Aqui Ranson começa sua estadia sozinho, sem encontrar nenhuma outra criatura e, por isso, temos mais descrições do planeta em si. 

Apenas no final do quarto capítulo é que Ranson encontra a Dama e descobre que foi enviado ali, de certa forma, por causa dela. A Dama é a "Mãe" de todos da sua espécie e está tentando encontrar seu "Rei", o pai de todos da sua espécie, através deles sua espécie se multiplicará. Contudo, em seu planeta há uma proibição....

Imagem:
Dama, mulher que Lewis encontra em Perelandra.
Então você, leitor esperto, já percebeu que o tema espiritual por trás da trama é a queda do homem sua luta contra a tentação e o pecado.

Encontramos em Perelendra outro personagem do primeiro livro chamado Weston. Ele se encontra ali como um representante das forças do mal. Ranson então começa a entender porque foi enviado a Perelandra: Ele deve ajudar a Dama a encontrar seu Rei e resistir ao mal.

O livro não é tããããão extenso (aprox. 302 páginas), mas aconselho a lê-lo sem pressa, pois os debates que se dão entre Ranson, a Dama e Weston representam nossos próprios questionamentos, nossas próprias tentações e desejos... 

E podemos esperar dessa leitura diálogos lindos, profundos e espirituais, como só Lewis sabe fazer. 



Sinopse

Uma Força Medonha, que segue Além do Planeta Silencioso e Perelandra, é o terceiro livro da Trilogia Cósmica de C. S. Lewis, escrita nos tensos momentos que antecederam a Segunda Guerra Mundial e que foram concomitantes a ela.

É uma parábola de sua época que acabou por resistir ao tempo e que tem sido apreciada por sucessivas gerações não só pela importância de seu conteúdo moral como também em razão da maravilhosa narrativa. Para o papel principal da trilogia, C. S. Lewis criou aquele que talvez seja o personagem mais memorável de sua carreira – o brilhante filólogo Elwin Ransom, uma pessoa objetiva, veemente e corajosa – inspirado no amigo J. R. R. Tolkien; nada mais justo, pois no que se refere à amplitude imaginativa e à integridade criativa não de um, mas de dois mundos imaginários, a Trilogia Cósmica só foi igualada, no século XX, à trilogia tolkieniana de O Senhor dos Anéis.

Os leitores que na infância se apaixonam pela série fantástica nas Crônicas de Nárnia invariavelmente apreciam a Trilogia Cósmica quando ficam mais velhos. Também ela apresenta mundos estranhos e mágicos onde se travam combates épicos entre as forças da luz e as das trevas e é uma das obras mais extraordinárias da literatura inglesa de todos os tempos. Neste livro, o terceiro da trilogia de ficção científica de C. S. 

Lewis, os recém-casados Mark e Jane Studdock são arrastados para acontecimentos além do extraordinário. Na manhã seguinte a um pesadelo horrendo com uma cabeça decapitada, Jane vê o rosto do seu sonho no jornal e tem uma sensação cada vez maior de estar sendo alertada de algum fato real e ameaçador. Enquanto isso, Mark é induzido a entrar para o Instituto Nacional de Experimentos Coordenados, cujo objetivo é controlar a sociedade humana.


Esse é o terceiro livro da Trilogia Cósmica escrita por C. S.Lewis e, na minha opinião, o melhor deles.

Mesmo quem não leu os dois primeiros volumes da série, pode ler esse livro. Isso se dá pelo fato de apesar da história ser sequencial, não é preciso ter lido das duas primeiras narrativas para entender bem essa, algo que não ocorreu com Perelandra, por exemplo. Se você ler Perelandra sem ter lido Além do Planeta Silencioso, provavelmente você ficará bastante perdido. 

Após o Dr. Ranson realizar duas viagens interplanetárias, uma para Malacandra (Marte) e uma para Perelandra (Vênus), sua próxima batalha vivida nesse último volume toma espaço aqui mesmo no planeta terra.

Há uma grande diferença desse livro para os outros dois primeiros volumes: sem espaçonaves e planetas distantes, sem descrições longas de lugares e seres estranhos, sem diálogos ou aprendizagem de vocabulário de outro idioma (mais presente no volume 1). 

Nesse último volume Lewis faz com que o leitor viaje pelo conhecido:

Pelos corredores de uma faculdade!

Assim como pelos altos e baixos de um casamento, pelas ruelas  de um povoado inglês... e tudo isso com uma boa dose de fantasia!

Imagine minha surpresa ao encontrar o mago Merlin como personagem desse livro?

No prefácio do livro, encontramos uma fala do próprio autor afirmando: "Chamei esse livro de conto de fadas na esperança de que aqueles que não gostam de fantasia não sejam persuadidos a continuar sua leitura, pelos dois primeiros capítulos, para depois virem a queixar-se, decepcionados.Acredito que isso foi dito pelo autor porque o livro se inicia com uma história "normal": uma esposa entediada que tem pesadelos, a reunião de uma faculdade para vender um terreno.... Só beeeem depois, lá pela metade de suas 500 e poucas páginas é que encontramos a figura conhecida do Dr. Ranson. 

Basicamente toda a narrativa se divide em dois cenários: Os fatos vividos por Jane, a esposa, que busca ajuda para entender o porquê de ter tantos sonhos que parecem reais; e os que se passam com Mark, o marido, que tenta se adaptar ao novo emprego no Instituto INEC, no qual ele não sabe bem qual a sua função.

Além de tratar das questões sobre batalha espiritual que nos rodeia, Lewis chama atenção, de forma espetacular, para o julgo desigual. E quando a guerra começa dentro do nosso próprio lar? Com aqueles com quem temos de ser uma só carna segundo a Bíblia?

A narrativa do livro tem mais ação que os dois primeiros livros, e os diálogos são mais fáceis de acompanhar. Por outro lado, há algumas partes do livro em que não ficou claro para mim o que o autor queria dizer com aquilo.

Fora esse pequeno "porém", o livro é ótimo e recomendo. Terminei a leitura com gosto de "quero mais", pois depois desse volume temos só "A Torre Negra" que ainda não li, mas que é um esboço do que seria a continuação das aventuras de Ranson.


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Deus te abençoe.

Todas as resenhas foram escritas por Dâmaris Dias.


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3 comentários:

  1. Parabéns à Dâmaris pela resenha.
    Amei essa trilogia!

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  2. Parabéns pela resenha!

    Eu li essa trilogia já faz uns 3 anos... Foi muito bom relembrá-la.

    Eu lembro que gostei muito do livro 2 e não gostei muito do 3, pois parecia que a leitura tinha "empacado".


    Não sabia que "A Torre Negra" é uma continuação...

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