1.5.18

Artigo #006: A Questão Moral por trás da Guerra Infinita

Olá, pessoal, tudo bem com vocês?

Hoje vim trazer um artigo interessante que traduzi do blog do meu apologista preferido.

Sean Mcdowell!

Então, vamos conferi? ;)




A Questão Moral por trás de "Guerra Infinita"
Postado em 1 de Maio de 2018 por Sean Mcdowell
Traduzido por: Bruno Felipe / Resenhas Cristãs
Original Text: Click here 
Alerta de Spoiler!


Neste final de semana eu assisti ao filme "Guerra Infinita". Na verdade, para ser honesto, assisti duas vezes. E adorei.

Tem havido muitas resenhas úteis sobre esse filme, mas para a minha surpresa, poucas têm sido escritas sobre a questão-chave moral por trás do filme. Deixe-me explicar.

A Questão Moral

O filme começa com o personagem chamado Loki tendo que decidir se entrega o Tesseract a Thanos, que contém a pedra espacial que Thanos precisa como parte de sua jornada para destruir metade dos seres do universo, ou permitir Thanos matar seu irmão, Thor. Será que o Loki deveria sacrificar uma vida para salvar os outros?

Da mesma maneira, a Feiticeira Scarlate tem que decidir se destrói a Joia da Mente embutida na testa do personagem chamado Visão, e assim termina a vida do Visão. O Doutor Estranho enfrenta o dilema de permitir Thanos matar o Homem de Ferro ou desistir da Joia do Tempo. E o Senhor das Estrelas também precisa decidir se mata ou não Gamora (por sua própria vontade) ao invés de permitir Thanos usá-la para conseguir a Joia da Alma. 

Embora esses variados cenários tenha sutis (e importantes) diferenças, Guerra Infinita convida os telespectadores pensativos à questão da pressão moral:

Sob quais circunstância torna-se moralmente justo sacrificar uma vida inocente (ou mais de uma) para salvar outras?

A Pergunta importa

Essa não é apenas uma pergunta acadêmica. De fato, ela constitui a base de muitos assuntos éticos no nossos dias:

- Os drones são moralmente justos mesmo que algum inocente morra? 

- A Eutanásia é permitida se ela preservar recursos para proteger outros no futuro? 

- O aborto é permitido quando a vida da mãe é prejudicada?

Não vou fingir responder a todas as perguntas em profundidade. Mas permita-me oferecer duas distinções chaves para reflexão.

As Motivações importam

Há uma diferença enorme entre alguém "voluntariamente" dar sua vida para salvar outros e alguém tirar a vida de alguém "à força". O personagem Visão é um desses exemplos. Ele sabia que ao remover a Joia da Mente isso custaria a sua própria vida. Mas independente do custo pessoal, ele estava "disposto" a sacrificá-la por causa dos outros.

Jesus disse "Não há amor maior do que dar a vida pelos seus amigos"  (João 15:13). O Visão estava preparado para realizar o sacrifício mais nobre. Por amor aos outros, ele estava disposto a pagar o maior preço ao perder a sua própria vida. Assim como Gamora.

Em contraste, Thanos tirou a vida de Gamora "à força" contra a sua própria vontade. Adquirir a Joia Mental exige sacrificar alguém que você ama. Nas palavras do Caveira Vermelha, o guardião da Joia da Mente: "Uma alma por uma alma." E assim Thanos lançou Gamora para fora da borda e ela caiu em direção à morte. Quando o Senhor Estrela descobre o destino de Gamora, ele diz a Thanos, em um claro contraste ao seu amor genuíno por ela: 

"Isso não é amor".

Existe um mundo de diferença entre oferecer sua vida "voluntariamente" como um sacrifício pelos outros, e tirar a vida de alguém "à força" contra a sua própria vontade.
Alternativas esgotadas
Aqueles que são a favor da vida inequivocamente condenam o assassinato de médicos que fazem aborto. Mas por quê? Afinal de contas, se o aborto envolve dar fim à preciosa vida de uma pessoa ainda não nascida, por que não protegê-la matando os doutores primeiro? E se aqueles que são à favor da vida são contra matar os doutores à favor do aborto, como podem alguns apoiar uma tentativa de assassinato de Hitler?
Além de lógica utilitária por trás do assassinato de um médico que pratica aborto (matar um indivíduo a fim de salvar muitos outros), uma outra razão pelo qual aqueles que são à favor da vida condenam o assassinato desses médicos, mas não se importam com a tentativa de assassinato de Hitler, é que nem todas as tentativas foram esgotadas para proteger os ainda não nascidos. Os que são à favor da vida possuem muitos meios para tentar salvar e proteger a vida de pessoas ainda não nascidas, tais como centros de recurso à gravidez, persuasão, e decisões judiciais, e esses estão fazendo a diferença. Mas Hitler estava dirigindo uma exterminação sistemática dos Judeus, e o movimento de resistência já havia esgotado todas as suas opções.
Em "Guerra Infinita", o Capitão América diz: 
"Não negociamos vidas". 
Ele se recusa a trocar a vida do Visão pela de outros. Contudo, chegou um ponto em que tirar a vida (sob a permissão da pessoa) era a única solução aparente para salvar a vida dos outros. A Feiticeira Scarlate destruiu a Joia da Mente, a pedido do Visão, o que deu fim à sua vida (embora Thanos volte no tempo e o traga de volta temporariamente antes de matá-lo). E o Senhor Estrela tentou cumprir sua promessa a Gamora para matá-la quando ela estava nas mãos do Thanos (embora Thanos tenha transformado seu laser em bolhas e mais tarde tenha matado ele mesmo a Gamora).
O interessante é que Thanos argumenta que a única opção para salvar o universo, e trazê-lo ao equilíbrio correto, era sistematicamente eliminar metade dos seus habitantes. 
Ele afirma estar sendo motivado pelo bem maior. 
Mas como sabemos se existe ou não uma outra opção?
Parece difícil acreditar que um universo tão tecnologicamente sofisticado teria escassez de recursos para uma outra solução. E mesmo se fosse assim, isso justificaria tirar vidas de pessoas à força, contra a sua própria vontade, como Thanos fez?
Considerações Finais
Guerra Infinita levanta alguns assuntos éticos importantes. Espero que você separe algum tempo para refletir sobre eles.
Lembre-se: Há uma diferença entre alguém tirar a vida de alguém à força, quando pode haver outras alternativas, e alguém "voluntariamente" doar sua vida como um sacrifício pelos outros. 
De fato, há uma "Infinita Diferença".
* * * 
Gostaram do post de hoje? Então deixem um comentário. Prometo que sempre volto para responder a todos eles. :)

Sean Mcdowell, Ph.D. É professor na Universidade Cristã de Apologética em Biola. Autor de livros best-seller, palestrante popular, professor de ensino médio em tempo parcial e acadêmico residente no Summit Ministries, California. Siga-no no Twitter @sean_mcdowell


Traduzido por: Bruno Felipe
Original Text: Click here 

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