22.2.18

Resenha #0062: Tempo de Dançar - Patricia Beal

Olá, pessoal, tudo bem?

Hoje vim trazer a resenha de um livro de romance cristão.

Para quem não sabe, romances são meu gênero preferido! Por isso minhas notas costumam ser quase sempre muito altas. E, claro, se o livro for realmente bom. O que é o caso deste!

Então, vamos conferir? ;)



Autor: Patrícia Beal
Editora: Bling (norte-americana)
Gênero: Romance Cristão
Páginas: 276
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4 Estrelas



Sinopse
Ana Brassfield já planejou em detalhes sua trajetória ao palco do Metropolitan Opera House, mas, quando menos espera, seu primeiro amor, o renomado bailarino alemão Claus Gert, volta à Geórgia para reconquistá-la. Apesar de um começo promissor em sua carreira no balé e o casamento iminente com o arquiteto-paisagista, Peter Engberg, Ana se pergunta se os sonhos de dançar no Met são tão impossíveis quanto se mostrou seu envolvimento romântico com Claus no passado.

Até que um beijo no palco entre Ana e Claus muda tudo.

Convencido de que o beijo foi mais do que um erro que não se repetirá, Peter rompe o noivado. Com um cão idoso entrevado pela artrite e sonhos adiados, mas não esquecidos, Ana vai morar com Claus na Alemanha. Mas o fantasma da falecida esposa de Claus, os sentimentos dela por Peter e a pressão para conquistar um lugar ao sol numa grande companhia de balé são o preço a ser pago pela busca do sucesso. Ana parece prestes a conseguir tudo que sempre sonhou, mas será o suficiente?


"Tempo de Dançar" é um romance baseado no livro dos Eclesiastes.

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar, tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear e... tempo de dançar. 
- Eclesiastes 3:1-4
Resenha

Ana Brassfield tinha tudo o que queria. O noivo perfeito, a casa perfeita, o bairro perfeito e os pais perfeitos. Exceto por um cachorro dócil entravado pela artrite.  

Ana atua como dançarina profissional em uma pequena companhia de balé clássico. Seu noivo, Peter Engberg, o tipo de noivo que qualquer mulher gostaria de ter ao seu lado, trabalha como arquiteto-paisagista fazendo o design e infra-estrutura de jardins púbicos profissionais da Callaway Gardens, um complexo de 6.500 acres de florestas e jardins localizado na cidade de Pine Mountain, que fica no estado da Geórgia. 

Antes de continuar com a resenha, preciso mostrar para vocês algumas fotos de Pine Mountain e da Callaway Gardens. Todos essas fotos são de lugares que os personagens visitaram ao longo do livro. A escrita da autora é tão gostosa que nos faz sentir como se estivéssemos dentro do cenário. Foi tão gostoso ler essas cenas que eu me senti impelido a procurar os lugares no google. E não é que os eles existem mesmo? :)

Local de trabalho de Peter Engberg, noivo de Ana.

Lago Robin Lake: Local onde Ana e Peter vol....ops! :)
Uma das paisagens mais lindas de Callaway Gardens!

Mas Ana ainda não estava satisfeita com sua vida. Um vazio dentro do peito que clamava por algo a mais ainda a incomodava. Não lhe bastava apenas ter uma vida confortável. Ana queria dançar no Metropolitan Opera House, a maior companhia de música clássica da América do Norte.

Mas como conseguir essa façanha?

E, à medida que o meu ponto se tornava cada vez mais imprevisível, eu só podia esperar que a religião me ajudasse. Por que todas as outras opções haviam se esgotado.
Página: 9

*  *  *
Um belo dia durante um dos ensaios da companhia de Balé, surge Claus Vogel Gert. Um antigo ex-namorado com quem Ana se relacionou há muitos anos enquanto morava na Alemanha. Ana nunca o esquecera, mas também já não sentia mais nada por ele. Ou talvez sentisse alguma coisa...

Acontece que Ana não esperava aquela surpresa. Quando ela se deu conta, os dois já estavam ensaiando juntos uma peça de Romeu e Julieta. 

Mas parece que Claus não viera apenas para dançar...

Ao final do ensaio, Claus avista Ana sentada no palco pensativa. Ele se aproxima dela, joga sobre seu colo um antigo presente de namoro e...

Lança-lhe um longo beijo nos lábios.

But hold on! (Calma aí)

Ana não está noiva de Peter?

Sim. Mas como ela conseguiria resistir a um beijo do famoso Claus Gert, seu ex-namorado com quem havia passado tantos momentos primorosos em Wiesbaden, na Alemanha?

Ana acabou cometendo um erro, se deixando levar pelas emoções. Prometera a si mesmo que jamais deixaria aquilo se repetir.

Tarde demais.

Peter estava lá.

Na última fileira.

Assistindo a tudo.

E viu o beijo.

E agora ferrou tudo.

Convencido de que aquele beijo foi muito mais do que um mero erro, Peter decide desatar o noivado. Sem explicações. Sem choro. Sem discurso de arrependimento. 

Acabou. Tchau. Devolve o anel.

Mas Ana não teve sequer a chance de se explicar. A senhorita Brassfield estava convencida de que conseguiria convencê-lo de que tudo não passava de um mal entendido. Com isso em mente, Ana decide visitar Peter no dia seguinte. E  quem ela acha no sofá da casa de Peter?

Lorie!

Uma bailarina invejosa e maquiavélica conhecida de muitos anos. Lorie sempre tentara conquistar tudo o que Ana possuía. Seu lugar na companhia, seu papel da peça Romeu e Julieta e agora.... Peter!

Não era muita coincidência que Peter estivesse no ensaio justamente na hora e no dia do beijo? Ele nunca comparecia aos ensaios! E o que diabos Lorie está fazendo na sala de Peter?


*  *  *
Ana utiliza todos os meios para convencer Peter de que aquilo não passara de um erro idiota em um breve lapso de segundo mal pensado. Mas não teve jeito. Peter rompeu o noivado e correu para os braços consoladores de Lorie. Mas não sem antes pedir o anel de Ana de volta, dentro da linda Memorial Chapel. (Dentro de Callaway Gardens) Essa foi a pior parte.

Local onde Peter rompe o noivado e exige o anel
Certa de que não havia mais chances de reatar o noivado com Peter, Ana volta para se consolar nos braços de Claus Gert. Lá estava ele. De braços bem abertos para consolar a pobre dançarina desamparada. 

Ana decide deixar tudo para trás em Pine Mountain e voltar para a Alemanha com Claus. Assim, ela conseguiria dançar em uma grande companhia ao lado do seu ex-namorado e tentar alcançar o sonho de dançar no Metropolitan Opera House algum dia. Ao lado de Claus seria fácil conquistar esse sonho.

E assim, Ana viaja para a Alemanha com o objetivo de reconstruir sua vida, deixando Peter Engberg para trás com sua antiga rival, Lorie.

Mais tarde, entretanto, o rumo da história vai se desenrolando de tal maneira que você não consegue mais parar de ler. As descrições dos cenários, das ruas na Alemanha, dos ensaios de balé, das conversas entre Ana e algumas pessoas cristãs que Deus coloca na vida dela, tudo coopera para que a história de Ana fique cada vez mais linda.  Inclusive, conhecemos a maravilhosa cidade de Wiesbaden.

Wiesbaden, Alemanha.

Deus vai colocando gradualmente as pessoas certas na vida de Ana à medida que a história vai se desenrolando. 

Quando Ana percebe que tudo o que faz na vida é tomar decisões erradas e longe da vontade de Deus em busca dos seus próprios sonhos, ela recebe um folheto cristão durante um passeio turístico. O folheto continha a seguinte mensagem:

A Minha Graça Te Basta, Porque O Meu Poder Se Aperfeiçoa Na Fraqueza (2 Coríntios 12:9)

Mas o que será que aquilo queria dizer? Do que adianta a graça de Deus se eu não consigo realizar os meus sonhos?

O problema é que os nossos sonhos não são os sonhos de Deus. E Ana em breve descobriria isso. Da pior maneira possível.

Se você acha que eu dei algum spoiler, você não sabe nem a metade do livro! Eu fiz um resumo dos 4 primeiros capítulos e muitas coisa vai acontecer ainda na vida de Ana. 

Minha opinião
Nossa, que livro bem escrito! Estou sem palavras para descrever a capacidade descritiva da autora. Cada cenário, cada ambiente, cada expressão facial e labial dos personagens foi tão bem capturada que a impressão que temos é de que o livro conta uma história real. Eu estou até agora me perguntando se a autora não escreveu a própria história dela em forma de romance, tamanho o nível de descrição que o livro possui. Para um primeiro romance, Patricia Beal simplesmente arrasou!

Uma das minhas partes preferidas do livro foi o capítulo 25 onde Ana questiona uma amiga cristã que possui uma filha com paralisia cerebral sobre o porquê dela sofrer tanto após anos de servidão a Cristo. Decidi compartilhar o trecho do livro para que você tenha a mesma sensação que eu tive. Não deixe de ler. Vale muito a pena.

Por que você veio ao Camp Dream? Tem algum parente aqui?
- Minha filhinha sofre de paralisia cerebral.

- Mas está vendo o que eu quero dizer? - perguntou Ana. - Por que você não pode viver sem sofrimento depois de todos esses anos que dedicou a Deus?

- Deus fez muitas promessas, mas Ele nunca prometeu uma vida livre de lutas. Pelo contrário, disse aos seus discípulos que deveriam abandonar o seu egoísmo para segui-lo.

- Mas então, que sentido faz (servir a Deus)?

- Que sentido? O que me diz de ir para o céu algum dia? De aplacar aquela sensação de ansiedade com que nascemos e que nenhuma quantidade de drogas, álcool, viagens ou carros de luxo jamais poderá aplacar? De adotar uma definição de felicidade capaz de trazer um profundo senso de realização?

- Pelo visto, a pessoa tem que abrir mão de muita coisa, e o que recebe em troca é um tanto abstrato. E paralisa cerebral. Desculpe....

- Eu entendo.

Seu sorriso gentil era sincero. Aspirei o perfume adocicado das flores da magnólia acima de nós e resisti ao impulso de falar.

- Você precisa saber que por trás de um "não" de Deus há um "sim" muito maior. Precisa confiar nas escolhas dEle para a sua vida, sabendo que Ele enxerga a situação inteira e você não. - Uma súbita brisa brincou com seus cabelos, e ela afastou o rosto. - E às vezes Deus só quer que nos mostremos dispostos a abrir mão de uma coisa. No momento em que abrirmos mão, ela volta para nós, como aconteceu com Abraão e o filho, Isaac.

Qual era a história de Abraão e Isaac mesmo?

- Mas veja, posso ficar sentada aqui o dia inteiro te dizendo essas coisas, e, até que você sinta o chamado no coração, vão ser só palavras. Nenhum homem jamais disse "decidi seguir a Cristo porque cheguei a uma conclusão lógica."

- Porque a religião não pode ser uma conclusão lógica? Deveria ser.

- Porque Deus não quis que fosse. É o que está na Bíblia. A razão humana traz o orgulho. Deus odeia o orgulho, por isso decidiu destruir "a sabedoria dos sábios" e a "inteligência dos inteligentes" com a simples doutrina da cruz.

- Ele tornou a crença das pessoas impossível, isso sim. - Abandei a cabeça.

- As pessoas creem todos os dias. - Jaqueline deu de ombros. - Mais e mais gente adere à fé todos os dias.

- Gente esquisita... - levantei as sobrancelhas. - Não você, claro.

Ela sorriu.

- Ainda gostaria de poder compreender Deus. Para ir direto ao ponto: preciso resolver questões difíceis como o sofrimento, a infelicidade e a pobreza. Por que Ele permite essas coisas? - Abanei a cabeça.

- É muito difícil. Impossível de compreender. - Ah, como gostaria de ter a fé que ela tem... Pensou Ana.

- Difícil, sim. Impossível, não. Vou dizer uma coisa que pode te ajudar. Lembra-se da razão por que tantos judeus rejeitaram Jesus?

- Não. - Não me lembrava, porque também nunca tinha compreendido.

- Eles O rejeitaram porque esperavam que o Messias prometido fosse um rei conquistador, como Davi. Queriam um Jesus que os libertasse da opressão romana, e não um Jesus que morresse na cruz.

- Por que Ele não derrotou os romanos para eles?

- Porque essa não era a sua missão. Ele veio "buscar o que se havia perdido"... Oferecer às pessoas uma solução eterna para o problema do pecado.

Aonde ela queria chegar com isso?

- Veja, Ana, essa é a mesma razão pela qual muita gente rejeita Jesus hoje em dia. Ainda querem um Jesus que derrote os romanos, mas agora são os romanos modernos: pobreza, violência, doença, desemprego, paralisia cerebral.... E, como isso não acontece, acham que ou Ele não é real ou não é bom, e abandonam a fé.

Meu coração se apertou no peito... 

Essa era eu.

Página: 235 e 236


Não é exatamente assim que muitas pessoas pensam hoje? Procuram um Jesus que resolva seus problemas. Caso ele não o faça, eles procuram outra religião ou algum outro "deus" que lhes traga uma solução. É assim que muitos cristãos de desviam do evangelho. Não se conformam à vontade de Deus. 

Mesmo ela sendo ruim.

Ana acaba aprendendo muito com Deus e com alguns personagens cristãos. Mas a maior professora de Ana foi a dor. E isso me ensinou muito!

O final do livro é totalmente inesperado. É impossível de se prever. 

Conclusão
Tempo de Dançar é um livro incrivelmente bem escrito. Com cenários ricamente descritos que provocam imagens mentais incríveis na nossa mente. Embora seja um livro cristão, a autora não permeia o livro de sermões e mensagens evangelísticas. O foco do livro é mostrar como que Deus traz suas ovelhas para o rebanho do Senhor, mesmo após elas terem cometido erros crassos na vida. Os personagens tomam decisões péssimas que apenas destroem e piorem mais e mais suas vidas, mas Deus também sabe lidar com pessoas assim.

Para Jesus, nenhuma pessoa é tão errada que não possa receber o perdão de Deus.

O livro também lida com a questão do sofrimento, como descrito no trecho acima. Minha parte favorita do livro. 

E o sorteio, vai rolar?
Para participar do sorteio que ocorrerá no dia 21.03.18, basta me seguir pelo Instagram através do link abaixo, seguir a autora Patricia Beal e marcar 3 amigos no post original. Pronto. Você já estará participando. Não se esqueça: quanto mais comentários marcando 3 amigos você fizer, mais chances tem de ganhar. :)

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1. Livro autografado pela Patricia Beal;
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4 comentários:

  1. Oi, Bruno!!

    Colocar as fotos dos lugares aqui na resenha foi muito legal! Eu ainda não tinha procurado... estou na página 90.

    E as descrições dos passos de dança! Quem tem noções de ballet deve se deliciar ainda mais! ^^ Mas já me deu vontade de dançar: eu que nunca pensei seriamente em fazer ballet.

    Bruno, talvez você contou muitos detalhes na resenha. Não me importei muito porque eu já tinha lido a maioria desses detalhes. Acho que eu sou chata com isso também.. rsrs Gosto de ser surpreendida (minhas resenhas são beeem econômicas nos detalhes da história).
    Mas de repente alguém que ainda não leu pode se importar... Apesar de que o release oficial já entrega bastante do começo da história. Acredito que as grandes surpresas virão a partir da página 90, onde estou.

    Mas estou super curiosa pelo que virá... acho que vai dar algumas guinadas na história. Por enquanto estou com raiva da Ana porque ela bem inconsequente... oh céus!


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  2. Oi Bruno! Obrigada pela resenha. Que bom que você curtiu o livro. Vamos ver quem ganha o sorteio :)

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